Que dias há que na alma me tem posto/ um não sei quê, que nasce não sei onde,/ vem não sei como, e dói não sei porquê. - Luiz Vaz de Camões
sexta-feira, 12 de janeiro de 2018
Na Mágoa Maior do Tempo
Fica ao menos o tempo de um cigarro, evita
comigo que este tempo ande. Lá fora são
as casas, vive gente à luz de um candeeiro,
o som que nos chega apagado pela distância
só denuncia o nosso silêncio interrompido.
Ajuda-me, faremos o inventário das coisas
menos úteis, mágoas na mágoa maior do tempo.
Fica, não te aproximes, nenhum dia
é menos sombrio, quando anoitecer vamos ver
as árvores cercando a casa.
Helder Moura Pereira, in Entre o Deserto e a Vertigem
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Um poema emocionante.
Abraço e bom fim de semana
Um abraço, Elvira!
Enviar um comentário