quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Fernando Pessoa, 13/06/1888 - 30/11/1935


As Vozes de Fernando Pessoa silenciaram-se há 82 anos.
E conheço poucos versos tão belos como estes, da estrofe final da "Ode Marítima":

Ah, todo o cais é uma saudade de pedra!
E quando o navio larga do cais
E se repara de repente que se abriu um espaço
Entre o cais e o navio,
Vem-me, não sei porquê, uma angústia recente,
Uma névoa de sentimentos de tristeza
Que brilha ao sol das minhas angústias relvadas
Como a primeira janela onde a madrugada bate,
E me envolve com uma recordação duma outra pessoa
Que fosse misteriosamente minha.

Fernando Pessoa, in "Ode Marítima"

8 comentários:

deep disse...

São também os meus preferidos e que lembro e digo com frequência. :)

Elvira Carvalho disse...

E não me lembro de ter ouvido na rádio ou TV uma única mensão ao facto.
Assim se tratam os grandes génios portugueses.
Abraço e bom fim de semana

Mar Arável disse...

Tantos barcos tantos mares tantos Pessoas
incomensuráveis

Anna disse...

Grata a todos pela passagem e pela partilha :)

Elvira Carvalho disse...

Passando para lhe desejar um feliz ano novo. De 1 de Janeiro a 31 de Dezembro, que sejam 365 dias de saúde alegria paz e amor.
Abraço amigo

Anónimo disse...

Missing in action???

Anna disse...

Obrigada, Elvira! Retribuo todos os votos que me faz :)

Beijinhos

Anna disse...

:)
Não, caro Anónimo :) Ainda por aqui...
Grata pela preocupação!