terça-feira, 31 de março de 2015

Mulher. Amor.


Saberia então que ninguém ama como as mulheres se amam, nem como nos amam a nós, os seus homens, e que toda a ideia do amor com elas se confunde e mistura. E que, tendo o amor sido inventado por elas, também só as mulheres podem vê-lo levedar, levá-lo ao fogo, voltá-lo sobre as brasas do lume para o porem a cozer de novo, dividi-lo como se divide o pão ou se serve o vinho à mesa - e depois ensiná-lo aos homens, às buganvílias, aos povos todos deste mundo e do outro. 

João de Melo, in Luxúria Branca e Gabriela

3 comentários:

Anónimo disse...

Apenas as Mulheres que se resguardam puras e castas, sabem amar.
Os homens, dizem a todas que as amam e fazem jogos duplos, simplesmente para não perder admiradoras.
Gostam de ser coloridos por elas e deixam-lhes as pinceladas da memória, para as manter cativas.
Enfim...um clássico, mencionado tantas vezes na literatura.

Anónimo disse...

Apenas as Mulheres que se resguardam puras e castas, sabem amar.
Os homens, dizem a todas que as amam e fazem jogos duplos, simplesmente para não perder admiradoras.
Gostam de ser coloridos por elas e deixam-lhes as pinceladas da memória, para as manter cativas.
Enfim...um clássico, mencionado tantas vezes na literatura.

Anna disse...

Caro Anónimo,

Não vou discorrer aqui sobre os conceitos de pureza e de castidade... Há muito que deixei de fazer generalizações, são perigosas, injustas e induzem em erro. A literatura, como referiu, fala-nos disso. Mostra-nos que há Homens, homens, homenzinhos. Também há os estupores, claro. E até esses são mencionados.
Grata pela visita :)